Depois da exposição inaugural no Palácio do Planalto (29/9 a 10/10) e da permanência no Centro Universitário Unieuro (29/10 a 7/11) a mostra da cobertura jornalística do movimento estudantil de 1968 no Brasil — “68: Do Calabouço ao AI 5” — fica aberta ao público até o final de dezembro, no saguão do auditório Dom João VI, da Imprensa Nacional.
O Diretor-Geral, Fernando Tolentino, e a Editora de Cultura do jornal Correio Braziliense, Clara Arreguy, abriram a exposição momentos antes da nona edição do ciclo de conferências “A Imprensa discute a Imprensa”, realizada em 12 de novembro.
Organizada pela Biblioteca da Imprensa Nacional, a exposição resgata parte da cobertura jornalística de um dos períodos mais turbulentos da história do Brasil, marcado por intensas mobilizações estudantis, acirradas a partir da morte do estudante paraense Edson Luís, no restaurante Calabouço, Rio de Janeiro, em um confronto com a tropa de choque da polícia militar.
O episódio gerou novos conflitos pelo país afora e ocasionou a histórica passeata dos cem mil na capital fluminense. A crise culminou com a decretação do Ato Institucional nº 5, que suprimiu os direitos políticos e cerceou a liberdade de imprensa.
Os visitantes poderão observar diferentes abordagens do assunto em páginas reproduzidas dos seguintes jornais: O Povo (Fortaleza); O Estado do Paraná (Curitiba); A Tarde (Salvador); O Popular (Goiânia); Jornal do Brasil, Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro); A Província do Pará (Belém); Estado de Minas (Belo Horizonte); O Norte (João Pessoa); Folha de S. Paulo (São Paulo) e Correio Braziliense (Brasília).
Além das reproduções dos jornais, integra a mostra a edição do Diário Oficial da União em que foi publicado o Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968. A Fundação Biblioteca Nacional e a Universidade de Brasília contribuíram com a mostra ao resgatarem títulos antigos, alguns já fora de circulação.