Para compartilhar informações sobre as ações desenvolvidas pelo Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, representantes de instituições públicas das esferas federal, estadual e municipal se reuniram na terça-feira (18) no Auditório Paulo Jackson do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá).
Depois de um dia inteiro de discussões e painéis de apresentação de resultados parciais de projetos, os participantes da Oficina de Resultado do Programa de Revitalização do São Francisco decidiram que dentro de 30 dias todas as entidades presentes apresentarão textos com idéias comuns para a construção de uma agenda de trabalho com um tema central.
Fizeram parte da mesa de abertura do encontro o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florence, o diretor-geral do Ingá, Julio Rocha, e os representantes dos ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional, Júlio Thadeu e José Luiz de Sousa.
Em seguida, técnicos de diversas instituições falaram sobre o andamento de ações específicas, em quatro painéis: Planejamento, Informação e Fiscalização, Fortalecimento Institucional e Economias Sustentáveis, Saneamento e Obras Hídricas e Proteção e Uso Sustentável dos Recursos Hídricos.
O secretário destacou o projeto de revitalização do São Francisco como uma ferramenta importante para combater a pobreza e a exclusão social. “Temos que incluir o nosso povo na agenda de desenvolvimento social e econômico. Incluir a sustentabilidade nessa agenda também é um grande desafio”, explicou.
Para Rocha, o envolvimento de diferentes instituições é fundamental para a implementação de ações de melhoria para as regiões da calha da bacia. “Não tenho dúvida da necessidade dessa integração, tamanho o problema que temos. Se as ações não envolverem diversas esferas dos governos federal e estadual, não teremos o efeito desejado”, disse.
Sobre o programa
O Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (PRSF) é coordenado pela Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Ministério da Integração Nacional. As ações do programa estão previstas para serem desenvolvidas ao longo de 20 anos, em um investimento de R$ 9 bilhões. A iniciativa prevê obras nos 101 municípios da calha do rio, sendo que 46 estão na Bahia.
O governo federal está investindo R$ 13 milhões em ações de turismo sustentável na bacia, que vão desde preparação de trilhas até a construção de centros de visitantes, para explorar as potencialidades como riquezas naturais, históricas, culturais e arqueológicas que possibilitam o turismo náutico, de negócios, de lazer, ecoturismo, rural, de aventura, científico, arqueológico, cultural e religioso.
O Rio São Francisco abrange mais de 200 municípios entre a foz (divisa entre Alagoas e Sergipe) até a nascente, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e possui 76 unidades de conservação da bacia. O semi-árido da bacia hidrográfica tem uma área de 361.061 quilômetros quadrados e uma população de 5,3 milhões de habitantes, ou 27,4% do semi-árido.(Agecom/BA)