Com o objetivo de fazer Saúde de forma descentralizada, atendendo distritos e pequenas localidades, o governador Ivo Cassol entregou, nesta quarta-feira (15), em Porto Velho, 62 ambulâncias para Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Do total, cinco (5) são UTIs neonatais, as primeiras no estado. O investimento nas ambulâncias foi de mais de 3,2 milhões de reais.
Ambulâncias e motos entregues pelo governador Ivo Cassol
Os veículos foram adquiridos em parceria com a Assembléia Legislativa (ALE). As ambulâncias fazem parte do programa estadual de resgate de pessoas com risco de morte. Na solenidade também foram entregues 40 veículos para a Secretária de Estado da Educação (Seduc). “Estamos trabalhando de maneira responsável, seguindo programas e diretrizes técnicas. A meta da administração estadual é cada vez mais ampliar e descentralizar ações. Essas ambulâncias atendem exatamente esses objetivos. Elas serão utilizadas em pequenas localidades e distritos, com isso teremos a qualidade e o aumento da capacidade de atendimento. O governo espera que essas ambulâncias,
repassadas aos municípios, sejam utilizadas de forma correta e que atendam a população”, destacou Milton Moreira, secretário de Estado da Saúde.
As ambulâncias equipadas com aparelhos de UTI neonatal são essenciais para o atendimento de recém nascidos de gestações de risco. Em Rondônia a falta de transporte adequado, por parte dos municípios, coloca os índices de mortalidade em bebês, com complicações no parto ou de gestações de risco, em números alarmantes. O objetivo do estado é minimizar o número de mortes.
Do total de atendimentos 58% dos casos terminam em morte
“Os recém-nascidos de gestações de risco são atendidos no Hospital de Base Ary Pinheiro (HB), em Porto Velho. A unidade possui 13 UTIs neonatais. Nesse ponto a preocupação da administração estadual aumenta, pois nossos registros mostram que o número de mortes de recém-nascidos, do interior, que precisam ser transportados até Porto Velho por ambulâncias normais é muito alto”, explicou Milton Moreira.
Os índices mostram que das crianças de Porto Velho, atendidas no HB, apenas 2,4% entram em óbito. O problema envolve recém-nascidos do interior do estado que precisam de atendimento especializado. Os números impressionam: do total de atendimentos, 58% dos casos terminam em morte. Os bebês são enviados à capital em ambulâncias sem as especificações necessárias para o translado como exemplo, equipamentos de UTI neonatal. Outro problema é que muitas vezes eles são trazidos em ambulâncias com outros pacientes. Em alguns casos, bebês chega no colo de parentes, em bacias, banheiras plásticas e até em caixas de papelão. Esses fatores aumentam o risco de contaminações para os recém-nascidos.
Fonte: A/I SESAU – Secretaria de Estado da Saúde