29 de maio de 2009 — Em comemoração aos 201 anos da Imprensa Nacional, a diretora de Gestão Documental da Secretaria de Estado da Administração de Santa Catarina, Maria Teresinha Debatin, falou no Auditório Carlos Mota, aos servidores da Casa a respeito de gestão compartilhada e da forma que adotou para, de acordo com suas palavras, “fazer o levante”, com a ajuda de servidores e trabalhadores terceirizados, da atividade gráfica oficial, responsável pelo “Diário Oficial do Estado de Santa Catarina”. Essa atividade foi prejudicada pela extinção em 2005 (Lei Complementar nº 284) da Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina, criada em 5 de fevereiro de 1934.
Na palestra “Gestão Compartilhada – Visão de um Líder”, Debatin discorreu a respeito das características do processo administrativo implantado na Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina – nome que, segundo acentuou, “é preservado”. Esclareceu inicialmente que à Diretoria de Gestão Documental estão subordinados além do “Diário Oficial do Estado de Santa Catarina” (cujo primeiro número circulou em 1º de março de 1934), a Gráfica Oficial do Estado de Santa Catarina e o Arquivo Público.
O resgate das atividades gráficas oficiais foi feito, segundo a palestrante, a partir de um modelo de gestão utilizado no setor privado, que provocou uma mudança no comportamento dos servidores e trabalhadores terceirizados – um total hoje de 160 pessoas. Baseado nos valores do entusiasmo, paciência, persistência, atitude e ambição, que Maria Teresinha Debatin elege como as indispensáveis características de um líder de visão, foi possível enfrentar e vencer desafios – que, como explicou, começaram com uma interrupção por dias na circulação do “Diário Oficial” por falta de papel e se estendeu para outras carências, como falta de tinta.
Debatin relatou que por meio da formação de 10 grupos de trabalho – cinco com a liderança de gerentes e os outros cinco que têm como responsáveis principais líderes que foram identificados pelos próprios servidores dos grupos –, foi possível multiplicar a participação do quadro de pessoal em relação a metas discutidas e traçadas por eles com a direção. Cada grupo é responsável por um calendário de contrato de resultados anuais.
A gestão compartilhada, implantada em 2007, não demorou a apresentar resultados positivos, disse Debatin, para quem “o diálogo é ferramenta imprescindível ao sucesso”. Além, disso, declarou sua fé no homem no cotidiano do trabalho: “as pessoas são mais importantes do que as máquinas!”. Entre os resultados dessa “parceria direção-servidores”, enumerou a palestrante, está a modernização do “Diário Oficial”, cuja tiragem hoje é de 1.700 exemplares, e a compra de maquinário gráfico. Em relação ao “Diário Oficial”, a intenção, segundo Debatin, é informatizá-lo, para que possa chegar pela Internet aos clientes.
IN DISTRIBUI CARTILHA DO ACORDO ORTOGRÁFICO
Quando terminou a palestra de Teresinha Debatin, o Diretor-Geral, Fernando Tolentino, agradeceu a oportunidade de os servidores da Imprensa Nacional poderem assistir a uma apresentação motivadora como a proferida por ela na tarde de hoje. “Teresinha é admirada por todos na Associação Brasileira de Imprensas Oficiais por suas qualidades”, afirmou. Tolentino referiu-se a ela e ao Diretor de Produção e Editoração da Companhia Editora de Pernambuco-Cepe, Edson Ricardo Teixeira, “como duas grandes revelações do movimento das imprensas oficiais brasileiras, com as quais encerramos hoje a celebração dos 201 anos da Imprensa Nacional”.
Ao lado de Edson Ricardo, o Diretor-Geral apresentou o livro “A última do português”, que traz as mudanças promovidas pelo recente acordo ortográfico, em edição promovida pela Cepe e agora reeditada pela Imprensa Nacional. “É uma edição ilustrada, bem produzida, com título bem sugestivo e ambíguo”, comentou Tolentino, que também agradeceu outra recente doação da Cepe à Biblioteca da Imprensa Nacional:a série “O caso eu conto como o caso foi, de Paulo Cavalcante, e a obra completa de Dom Hélder Câmara.
Edson Ricardo agradeceu o convite para lançar o livro na Imprensa Nacional, a segunda imprensa oficial a reeditá-lo, depois da Paraíba. Ele demonstrou satisfação pelo resultado e elogiou o gesto da Imprensa Nacional em contribuir com a divulgação do trabalho da Cepe. “É gratificante fazer chegar aos funcionários uma publicação desse porte”, comunicou. A Cepe cedeu os direitos de reprodução aos estados que compõem a Associação Brasileira de Imprensas Oficiais-Abio.