Mais de 350 agricultores familiares, entre viveiristas (produtores de mudas cítricas) e citricultores, iniciaram, nesta terça-feira (29), debates sobre as questões que envolvem a citricultura e estão conhecendo as novas técnicas/tecnologias voltadas para a cultura, no II Encontro da Citricultura da Bahia e Sergipe.
O evento, que acontece até esta sexta-feira (31), na Associação Atlética do Banco do Brasil, em Rio Real, é realizado pela empresa Agronordeste e conta com o apoio da Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia (Seagri), por meio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).
Rio Real representa a segunda maior área plantada no Brasil, com mais de 24 mil hectares. Os estados da Bahia e Sergipe, juntos, atingem mais de 100 mil hectares de área plantada com citros.
“É com o entusiasmo desses números que estamos participando do evento, contribuindo na elaboração de propostas para beneficiar o desenvolvimento da citricultura baiana”, disse o coordenador dos trabalhos de citros, na EBDA, Nilton Caldas, que apresentou as principais ações e resultados da empresa com a citricultura.
Ele informou que já são mais de 9,5 mil agricultores familiares assistidos e aproximadamente 5,7 mil de capacitações realizadas entre os anos de 2005 e 2008.
Palestras com especialistas renomados são destaques no evento. O Fiscal Federal Agropecuário, do Ministério da Agricultura (Mapa), Carlos Luiz Carvalho, falou sobre “Legislação e Normas Técnicas para a produção de mudas cítricas na Bahia”. “Expomos para os agricultores como é desenvolvido toda a cadeia do citros na legalidade, para que eles sempre tenham produtos de qualidade”, disse Carvalho.
Nesta quinta-feira (30), o professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Vinicius Trombin, tratará da temática A Comercialização e Mercado Citrícola – Tendências diante da atual crise econômica mundial.
Agricultores familiares
“Estou impressionado com a qualidade das informações. Agora sei como é importante o manejo e a prevenção contra as pragas e doenças. E o melhor é que vou poder repassar isso para meus filhos e sobrinhos aplicarem nos nossos pomares”, afirmou o agricultor do município de Rio Real, Valter do Santos.
Atento às explicações, o agricultor de laranja, Edvaldo Rezende, 45 anos, ressaltou a assistência técnica prestada pela EBDA. “Se hoje tenho um pomar com frutos de qualidade é porque segui às orientações dos técnicos da empresa. Preparo o solo, faço o manejo e colho os frutos com as técnicas que aprendi e hoje estou aqui para levar mais conhecimento para minha família”, assegurou.
Os agricultores ainda poderão participar de discussões sobre o manejo dos solos nos tabuleiros costeiros e ações de prevenção e controle das principais pragas da citricultura no estado. Também estão na pauta, os temas tecnologia de aplicação de defensivos e a ocorrência de Green e outras pragas e doenças da citricultura.
Uma mesa-redonda abordará os principais problemas da citricultura da Bahia e Sergipe e, no último dia haverá uma exposição com demonstração de máquinas agrícolas no campo.(Agecom/BA)