A Editora Diário Oficial, órgão suplementar da Segrase completou no dia 17 de Novembro, 1 ano em que foi inaugurada. Apesar do pouco tempo de trabalho no mercado editorial em comparação às outras editoras presentes no Estado, ela vem fazendo jus ao seu propósito que é contribuir com a divulgação da produção literária do Estado ao imprimir e editar obras com um padrão de qualidade, através de um tratamento criterioso na editoração do texto, no design da capa, nas ilustrações e no formato final dos mais diversos segmentos do conhecimento.
Segundo o Diretor-presidente da Segrase, Luiz Eduardo Oliva a Editora vem cumprindo o seu papel para com os sergipanos. “Nossa intenção é colocar nossos autores no mercado e que o leitor também possa perceber a qualidade do produto que se faz em Sergipe”, destaca Oliva.
Atualmente a Editora contabiliza a publicação de sete obras: De Portas Abertas; Litorâneos; Poço Redondo: A Saga de um Povo; Baladas, Palavras e Outono; Sementes na Calçada; Manoel Bomfim e a América Latina: A Dialética entre o Passado e o Presente; Os Ícones de um Terremoto, e já possui outros títulos que estão no prelo. A Segrase também vem investindo na modernização do maquinário da gráfica e no setor de Acabamento com a aquisição de equipamentos dotados com tecnologia de ponta que proporcionarão um grande impulso em qualidade e também na quantidade das produções da Editora. Foram adquiridos os seguintes equipamentos: impressora 4 cores, CTP (máquina que transmite informações de figuras e texto diretamente da fonte de dados para as chapas de impressão), máquina de Corte e Vinco, Termolaminadora, Espiraladeira e Fechadora Elétrica.
Tendo em vista fomento para incentivo da leitura, a Editora Diário Oficial assinou no dia 9 de fevereiro deste ano, o Termo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e o Banco do Estado de Sergipe (Banese), que consiste na implementação de uma série de ações estratégicas e de políticas integradas para o desenvolvimento da cadeia produtiva do livro e da leitura, e a primeira ação foi o lançamento do Edital de Publicação de Obras Literárias, celebrado no dia 2 de março, e que, inclusive, já foi divulgado o resultado dos autores vencedores nas categorias relacionadas aos gêneros de literatura, estabelecidas como “Prêmios”: Poesia (Prêmio Santo Souza), Conto (Prêmio Núbia Marques), Crônica (Prêmio Mário Cabral), Romance (Prêmio Amando Fontes) e Literatura Infanto-Juvenil (Prêmio Alina Paim). Os vencedores terão toda produção editorial e impressão da obra custeada pela Editora.
O trabalho de distribuição de títulos da Editora Diário Oficial é realizado por José Alberto Rodrigues, conhecido como “Tidê”. Graças ao seu trabalho, os livros podem ser encontrados nas bibliotecas, arquivos públicos municipais e estaduais, Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, na Cafeteria Café do Museu, localizada no Palácio-Museu Olímpio Campos e também nas livrarias Escariz, que recentemente aderiram a divulgação dos títulos da Editora.
Conheça um pouco sobre as publicações lançadas pela Editora Diário Oficial:
Poço Redondo – A Saga de um povo
Obra do historiador Alcino Alves da Costa, reúne em suas 349 páginas a história, fatos da política local, além da trajetória de grandes políticos sergipanos do maior município do Estado de Sergipe: Poço Redondo.
Constituído por narrativas com relatos sobre a vida do povo da região, Poço Redondo – A Saga de um povo também conta o seu passado ligado a história do Cangaço, um doloroso episódio vivido pelo seu povo durante os anos do banditismo, comandado por Lampião.
De Portas Abertas
Escrito por Juraci Costa de Santana, De Portas Abertas foi a obra vencedora do Prêmio Núbia Marques (Contos), em 2006, patrocinado pelo Governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura.
As 207 páginas trazem contos curtos e ricos de sentidos, feitos com a paixão necessária para compreender um povo sofrido, onde o leitor encontrará reflexões incisivas sobre a arte de escrever, o compromisso com a obra literária, a experiência do poder e do amor e a luta de uma consciência pela definição dos dilemas humanos.
Litorâneos
Através de uma linguagem despojada e com um foco em nossa realidade marítima, Litorâneos, foi obra vencedora do Premio Santo Souza de Poesia/2006, patrocinada pelo Governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria do Estado da Cultura.
O livro é constituído por 138 páginas, divididas em três partes: Litorâneos, que intitula a obra e fala sobre erotismo, praias, geografia, beleza do corpo, sol e nossas águas; Funduras & Frugais que são mergulhos nas profundezas do EU, da memória dos entes queridos e das frutas; e Mimos Mínimos, que são poemas curtos que remontam ao início da carreira de escritor.
Baladas, Palavras e Outonos
“Baladas, Palavras e Outonos” é uma homenagem à memória de Núbia Marques e às escritoras e poetisas sergipanas Gizelda Morais e Carmelita Fontes, que juntas publicaram os livros Baladas do Inútil Silêncio, Palavras de Mulher e Verde Outono. O DVD traz nove poemas que foram selecionados e interpretados pelas atrizes sergipanas Anamaria Brasil, Joelma Rocha, Rosana Costa, Rose Ribeiro, Tânia Maria, Yara Cunha, Sthefany di Paula, Alessandra Theófilo e Walmir Sandes, sob a direção do teatrólogo Raimundo Venâncio, com trilha sonora do compositor Waldemar Bastos Cunha e interpretada pelo pianista Manuel Vieira.
Além disso, o DVD traz o documentário especial ‘Núbia Marques’, realizado pela Aperipê TV, fotos de acervo, telas pintadas pela poetisa e entrevistas realizadas em diversas época e o conteúdo digital dos três livros publicados por elas.
Sementes na Calçada – Crônicas de Gratia Montal
A obra apresenta 44 crônicas que foram escritas por Carmelita Fontes entre 1957 e o final da década de 1970, a maioria delas publicadas no jornal “A Cruzada” sob o pseudônimo de Gratia Montal. Na primeira parte, o livro reúne crônicas de viagens e na segunda, crônicas diversas.
Manoel Bonfim e a América Latina: A dialética entre o passado e o presente
A obra pioneira do escritor Manoel Bonfim, trata sobre temas como o antirracismo e as tensões sociais existentes no início do século passado, época considerada crucial relativa ao assunto no país.
Organizado por José Vieira da Cruz e Antônio Bittencourt Júnior, o livro inclui em seu conteúdo textos de intelectuais nacionais e sergipanos como: Eduardo Conde, José Carlos Reis, Terezinha Oliva, Tethis Nunes, Ibarê Dantas dentre outros autores que colaboraram para a finalização do livro.
“Os Ícones de um Terremoto”
Escrito pelo jornalista sergipano Paulo Barbosa de Araújo, falecido no ano de 2000, o livro foi organizado pela sua esposa, Osa de Araújo. A obra faz um panorama da Ditadura Militar em alguns países na América Latina, no Brasil para enfim, adentrar-se no estado de Sergipe. Relata a resistência da ditadura nas prisões, as torturas e a própria experiência vivida pelo autor. Paulo Barbosa dá uma atenção especial a Operação Cajueiro, ocorrida aqui em Sergipe no ano de 1976, onde mais de uma dezena de militantes do partido comunista foram presos, torturados e alguns deles enquadrados na Lei de Segurança Nacional.