Para registrar o aniversário de 202 anos do primeiro jornal editado e impresso no Brasil, neste 10 de setembro de 2010 o Museu da Imprensa homenageia a Gazeta do Rio de Janeiro com a exposição PERIÓDICOS BRASILEIROS – CAPAS INAUGURAIS.
Por extensão, a mostra também é um tributo ao jornalismo brasileiro, justamente inaugurado em 10 de setembro de 1808 com o primeiro número da Gazeta, rodado nos prelos transportados pela Corte portuguesa e instalados nas oficinas da então Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional.
Em seus 14 anos de existência, a Gazeta do Rio de Janeiro publicou 7.494 páginas. O último número — de um total de 1.791 edições — saiu às ruas em 31 de dezembro de 1822. No periódico pioneiro, trabalhou o primeiro jornalista profissional do Brasil: Manuel Ferreira de Araújo Magalhães, natural da Bahia. Posteriormente, ele atuaria como redator de O Patriota, primeiro jornal político, mercantil e literário do Brasil, cuja capa de lançamento enobrece esta exposição, com a data de 1813.
O Museu da Imprensa agrega capas históricas e de igual nobreza de outros veículos pioneiros, como o Correio Braziliense, primeiro a circular no Brasil. Vindo de Londres a partir de 1º de junho de 1808, o Correio era editado pelo jornalista Hipólito José da Costa, patrono da imprensa brasileira e recentemente inscrito no Livro de Heróis da Pátria pela Lei 12.283, de 5 de julho de 2010, e cujos restos mortais estão em herma localizada nos jardins da Imprensa Nacional.
Outros títulos do século XIX descortinam a infância da imprensa brasileira, a exemplo de Idade D’Ouro (1811), Reverbero Constitucional Fluminense (1821), A Malagueta (1822) e Diário de Pernambuco (1825), o jornal mais antigo em circulação no Brasil. Ainda são poucas as capas de jornais recentes, mas como a captação de peças é um processo permanente, esta exposição apenas abre mais uma iniciativa do Museu da Imprensa para preservar a memória da imprensa brasileira, por sinal uma responsabilidade incorporada à missão da Imprensa Nacional.