Em continuidade à programação da 45ª Reunião da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais-Abio, os dirigentes das Imprensas Oficiais do País foram recepcionados na tarde de hoje pelo diretor-geral Fernando Tolentino e demais integrantes da administração da IN, na sala de reuniões da Direção-Geral.
Após uma breve apresentação dos responsáveis pelas coordenações da Casa, o Diretor-Geral falou a respeito dos produtos e serviços da IN, e também do roteiro de visitação programado para a tarde desta quinta-feira.
Em seguida, convidou todos a acompanhá-lo pelas unidades da IN. A primeira a ser visitada foi a Coordenação de Tecnologia da Informação, onde os convidados conheceram a sala-cofre.
Na Coordenação de Editoração e Divulgação Eletrônica dos Jornais Oficias (Coejo), a comitiva obteve informações acerca da produção editorial. Na seqüência, foi conduzida pelo anfitrião Fernando Tolentino à Coordenação de Produção (Copro).
Antes de entrarem na área gráfica, receberam os protetores auriculares, a fim de se protegerem dos ruídos característicos do local. Logo depois, deslocaram-se para o Museu da Imprensa quando o responsável pelo Museu, servidor Rubens Cavalcante, apresentou as peças do acervo.
EXPOSIÇÃO DO MUSEU DA IMPRENSA ENCERRA PRIMEIRO DIA DA 45ª REUNIÃO DA ABIO
No final da tarde de hoje, o Museu da Imprensa recebeu os dirigentes das imprensas oficiais dos estados para assistirem à abertura da mostra Diários Oficiais brasileiros — Capas inaugurais, que reúne a primeira página do número inicial do Diário Oficial da União, dos diários de 23 estados e do Distrito Federal, disponível também em um catálogo distribuído no momento.
A mostra ainda agrega a capa do primeiro livro e do primeiro jornal impressos no Brasil, respectivamente Relação dos Despachos Publicados na Corte pelo Expediente da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, de 13 de maio de 1808, e a Gazeta do Rio de Janeiro, de 10 de setembro de 1808, ambos rodados pela então Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional.
Cópias de leis e decretos históricos completam a exposição, como as da Lei Áurea (14 de maio de 1888), Proclamação da República (16 de novembro de 1888), direito ao voto feminino (26 de fevereiro de 1932) e o Ato Institucional nº 5 (13 de dezembro de 1968), entre outros.
Na abertura, o diretor-geral da Imprensa Nacional, Fernando Tolentino, avisou que a nova exposição significa uma reorientação do Museu da Imprensa — um dos oito do mundo — criado originalmente como um museu da indústria gráfica. Com exposições temáticas como as de hoje, o espaço adquire feições de Museu da Imprensa brasileira, com abertura para a evolução do jornalismo do País. “O Museu da Imprensa é uma feliz iniciativa da drª Dinorá [Moraes Ferreira, diretora da IN entre 1979 e 1989], que estaria aqui hoje, mas recupera-se de um problema de saúde e pediu que abraçássemos os amigos da Abio”, lembrou Tolentino.
O diretor-geral lamentou as ausências das capas dos diários dos estados do Acre, Goiás e Piauí, mas informou que proximamente elas serão incorporadas. Ele observou o uso de fotografia na capa do Diário Oficial da Bahia, “uma inovação para a época”, e frisou a importância da mostra para historiadores e pesquisadores. Com Tolentino, desenlaçaram a fita da exposição a presidente da Associação dos Servidores da Imprensa Nacional, Denise Guerra, a coordenadora de Relacionamento Externo, Marlei Vitorino, e os presidentes das imprensas oficiais do Espírito Santo, Ademir Rodrigues, e de Rondônia, Moisés Mendes, a mais antiga e mais nova presentes ao evento.
Ademir Rodrigues considerou importante a exposição do Museu da Imprensa para homenagear todos as imprensas estaduais, dentro da 45ª Reunião da Abio. “Estamos lisonjeados porque vemos marcado aqui na capital do País o nosso primeiro exemplar, que foi publicado em 23 de maio de 1890. Em 2010 completamos 120 anos e fizemos uma festa durante a 43ª Reunião da Abio, realizada no Espírito Santo”.
Na avaliação de Moisés Mendes, a mostra revela o caminho para um cuidado com as coisas que vão se desgastando com o tempo, mas são guardadas. “Peças que se estragam não podem ser jogadas no lixo, têm que ser preservadas para ficar na memória das crianças, os filhos e os netos que virão. Pessoas que chegarão aqui e verão a história da Imprensa Oficial do estado, no meu caso o estado de Rondônia e no Brasil, em todos os Estados. Parabenizo a Imprensa Nacional pela iniciativa de preservar a história viva da nossa Nação”.