Após longas negociações do Governo do Estado, a jazida de calcário de Rondônia, localizada em Espigão do Oeste, foi reintegrada na última sexta-feira (16) à Companhia de Mineração de Rondônia (CMR).
Usina de Calcário em Espigão do Oeste
Agora, a Empresa de Mineração Ariupuanã Ltda (Emal), para a qual a jazida estava arrendada para exploração de minério até 2017, deverá repassar em 15 dias toda estrutura ao Estado, que já pretende investir cerca de R$ 2 milhões em energia elétrica para substituição do óleo diesel, o que fará com que o preço da tonelada de calcário reduza de R$ 45 para uma média de R$ 30.
A expectativa do governador Ivo Cassol que, por meio da Emater, tem incentivado os produtores rurais a corrigirem a acidez do solo com a aplicação do calcário distribuído gratuitamente, é que a reativação da reserva da jazida aumente de forma significativa a produção agrícola de Rondônia, considerando que a correção do solo implica na melhor utilização do menor espaço e no aumento da produtividade. “Nosso governo tem se empenhado em melhorar cada vez mais a agricultura, por ser uma vocação natural do Estado, por isso não medimos esforços para reintegrar esta jazida à CMR, que, com certeza, agora terá melhores condições para garantir aos nossos produtores calcário de qualidade, em quantidade suficiente e sem desrespeito às questões ambientais”, afirmou Cassol.
Há mais de um ano a Emal, com sede no Mato Grosso, teve a concessão de exploração de calcário suspensa pela Justiça, após ser autuada pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e o Ibama, que lacrou todos os equipamentos em razão dos crimes ambientais e desrespeito do contrato firmado em 1997 com a CMR que garantia o direito de fazer a exploração de calcário por 20 anos.
De acordo a diretora-presidente CMR, Leandra Vivian, a reserva da jazida é de 260 milhões de toneladas, com tempo de exploração avaliado em 200 anos. “A produção diária do minério era de cerca de 250 toneladas, o que dava para atender à demanda dos agricultores de todo Estado para a correção do solo, mas, com o embargo da justiça, o Governo de Rondônia ficou durante dois anos impossibilitado de fazer a distribuição do material aos pequenos agricultores. Só em dezembro do ano passado, após seguidas negociações do governador, é que o Ibama liberou a retirada de mais de mil toneladas do produto para serem distribuídas aos agricultores cadastrados”, explicou Leandra.
O calcário é uma rocha sedimentar que contém minerais com quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita), sendo utilizado na produção de cimento e cal, na correção do pH do solo para a agricultura, fundente em metalurgia, fabricação de vidro e como pedra ornamental.
Fonte: DECOM – Departamento de Comunicação Social