Em sua nova missão de resgatar e levar ao público a história da imprensa brasileira, o Museu da Imprensa oferece ao visitante acesso às primeiras capas dos Diários Oficiais de todo o país. É a quarta mostra temática montada pelo Museu da Imprensa, que se posiciona como o oitavo mais importante do mundo pelo acervo de máquinas e equipamentos gráficos — e documentos – e, agora, com seu foco para o jornalismo brasileiroEm sua nova missão de resgatar e levar ao público a história da imprensa brasileira, o Museu da Imprensa oferece ao visitante acesso às primeiras capas dos Diários Oficiais de todo o país. É a quarta mostra temática montada pelo Museu da Imprensa, que se posiciona como o oitavo mais importante do mundo pelo acervo de máquinas e equipamentos gráficos — e documentos – e, agora, com seu foco para o jornalismo brasileiro
A nova exposição do Museu da Imprensa oferece ao visitante a oportunidade de ver – e ler — as capas dos primeiros números dos Diários Oficiais brasileiros, um registro histórico da importância da publicidade dos atos governamentais. A abertura da mostra com 29 capas integra a programação da 45ª Reunião da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais, que se realiza em Brasília de quinta-feira a sábado desta semana.
A publicação de atos oficiais no Brasil começa em 13 de maio de 1808, quando os prelos da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, imprimiram o primeiro livro do Brasil — Relação dos Despachos Publicados na Corte pelo Expediente da Secretaria de Estados e Negócios Estrangeiros e de Guerra — e tem continuidade com a Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal editado e impresso no País, lançado em 10 de setembro de 1808.
Em 1º de outubro de 1862, somente o governo monárquico de D. Pedro II dispunha de um jornal na esfera governamental para veicular seus atos oficiais, o então Diário Official, atualmente Diário Oficial da União, cuja capa abre a exposição. Pela relevância histórica, constam também da exposição leis e decretos de alguns momentos singulares da nossa história, como os da Lei Áurea, da Proclamação da República, do voto feminino, além do Ato Institucional nº 5, entre outros.
Em 1890, no Espírito Santo e Mato Grosso surgiam os primeiros diários oficiais de estados brasileiros. Até o final do século XIX, os atos oficiais eram lidos em mais cinco estados: Pará e São Paulo (1891), Minas Gerais (1892), Amazonas (1893) e Sergipe (1895). Já em 1906, foi a vez do Maranhão. A partir desse momento, houve o surgimento – no decorrer do XX — de outras imprensas oficiais nos demais estados, encerrado com o Diário Oficial do Tocantins (a unidade mais nova da Federação), em 1989.
Além desta exposição, o Museu da Imprensa abriga outras três mostras temáticas permanentes: DIRETAS JÁ, de 2004, resgata a cobertura jornalística daquele momento histórico a partir da passagem dos seus vinte anos; DO CALABOUÇO AO AI-5, de 2008, registra o aniversário de quarenta anos do movimento estudantil brasileiro contra a ditadura; e BRASÍLIA NA PRIMEIRA PÁGINA informa como cinquenta periódicos brasileiros — e alguns estrangeiros — destacaram a inauguração da nova capital do País.