Gosto de ler, porque lendo a gente fica mais esperto. E prefiro ler livros que tratam de mata, de índios, porque falam da nossa história. Com essa eloquente afirmação, o estudante Carlos Henrique Barreto, 11 anos, definiu seu carinho pelos livros, na oficina promovida pela Egba, dentro da segunda etapa do projeto Ciranda de Leitura.
Estudante da quarta série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Dom Avelar Brandão Vilela, localizado na Fazenda Grande do Retiro, bem próximo à Egba, Henrique surpreende ao falar com a equipe que coordena o Ciranda de Leitura. Em duas estantes montadas na sala de aula, ele analisou bem e escolheu o livro infantil com temática indígena intitulado Tuxá Ibotirama. E esclarece sua escolha: “Tem gente que escolhe o livro pela capa; eu não. Folheio para ver o que tem dentro. Esse (que escolheu) tem muitos desenhos e isso falicita a compreensão.” Com tanta desenvoltura, o garoto foi convidado a virar mascote da divulgação do projeto em outras escolas do bairro envolvidas no projeto.
O Ciranda de Leitura foi lançado oficialmente em abril deste ano, na Bienal do Livro de Salvador, e sua primeira etapa teve início em setembro, com a visita dos estudantes do colégio à Egba. O projeto é coordenado pela Sedoc e conta com o apoio de voluntários da Digitalização, Gerhu e Ascom.